O juiz Carlos Roberto Gomes de Paula, da Vara de Execuções Penais, pela enésima vez, mandou soltar sete presos da delegacia do 1° Distrito Policial de Bacabal no último sábado (18).
Decisões semelhantes foram tomadas nos anos de 2009, 2010 e 2011. O motivo de soltar os presos é sempre o mesmo: excesso de lotação nas carceragens do 1° DP de Bacabal. Por conta disso, o juiz Roberto de Paula já ficou conhecido nacionalmente.
Nada foi resolvido pois, apesar de soltar esses sete presos, ainda restaram oito presos em cada cela. Após uma inspeção o juiz decidiu determinar o número máximo de apenas seis presos em cada uma das duas celas do 1° DP. O juiz estipulou o prazo de 30 dias para que seja cumprida a decisão de seis presos por cela. Daí pergunto, porque não deixou todos presos até o fim do prazo?
Enquanto isso a sociedade é obrigada a assistir pela TV a comemoração dos presos que, em entrevista a canais de televisão da cidade, declararam por unânimidade que "acharam muito boa a decisão do juiz".
Faço minha a pergunta do Professor Raimundo Castro. E enquanto o juiz defende os presos que, segundo ele, não podem ficar em locais inadequados, quem defende a população?
Matéria completa no Castro Digital.
Certa vez, prestando serviço ao IBGE, visitei uma família formada por uma senhora, sua filha e dois netos. Morava em um cubículo, dividiam duas redes e naquele dia tinham apenas arroz. Os netinhos choravam por causa da "comida". Essa situação, com certeza, ainda persiste. Moradias e alimentação inadequadas para pessoas honestas, mas desfavorecidas inclusive pela justiça, pois nenhum operador do direito aciona o estado para que sejam garantidos os direitos, também constitucionais dessas pessoas. à vezes me pergunto onde está o tão alardeado caráter social da decisão judicial.
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