"- Vamos por partes - disse ela [Emília]. - Antes de mais nada, quero que o senhor doutor me prove que ali o Senhor Müller é mesmo o dono deste rinoceronte. Exijo provas, sabe ? Eu não uso anel de advogado no dedo, mas acho que em direito o que vale são as provas. Foi a vez de o advogado abrir a boca, de espanto. A tal bonequinha sabia discutir como um perfeito rábula."
Monteiro Lobato,
in Caçadas de Pedrinho.
Em meio à tensão provocada pelo paquidérmico julgamento do mensalão, nada como algo lúdico para entreter.
Talvez seja com esse desiderato que o ministro Fux tenha convocado o dia 11 de Setembro a audiência de conciliação no processo que discute a adoção de livros de Monteiro Lobato pela rede pública de ensino.
O caso chegou ao STF por meio de um MS de autoria do Instituto de Advocacia Racial e de um técnico em gestão educacional, que afirmam que a magistral obra "Caçadas de Pedrinho", na qual a turma do sítio vai em busca do pachorrento rinoceronte que fugiu do circo, faz referências ao "negro" com "estereótipos fortemente carregados de elementos racistas''.
Dá pra acreditar?
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