Os partidos e os eleitores agora têm uma responsabilidade maior na escolha dos seus candidatos.
A Lei da Ficha Limpa vale para as próximas eleições, quando serão eleitos os novos prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. Pela norma em vigor, com aval do Supremo Tribunal Federal, o político condenado pela Justiça está fora do páreo.
A nova lei é apenas um passo muito importante em um ambiente onde se fala – e se comprova – tanto em corrupção. Agora, os partidos políticos devem fazer uma seleção rigorosa de quem vai apresentar como candidato para as prefeituras e câmaras municipais.
Os partidos políticos não devem apenas fazer essa triagem dos seus candidatos. É importante sensibilizar os seus representantes no Congresso Nacional a votarem a Reforma Política, essencial para disciplinar muita coisa nesse meio, especialmente o financiamento das campanhas.
É ali, nas campanhas eleitorais, onde está um grande foco de corrupção. Políticos gastam o dinheiro que não tem e depois ficam obrigados a agradar seus financiadores – empreiteiros e outros tipos de empresários. Esse pessoal geralmente cobra um juro alto pelo dinheiro aplicado na política.
O eleitor também tem a sua parte nessa nova realidade. Ele deve votar com mais consciência, deixando de lado os políticos compradores de votos e que apresentam promessas de campanha impossíveis de serem executadas.
Mesmo o político aprovado no crivo da Ficha Limpa precisa ser fiscalizado no exercício do mandato. Essa é uma tarefa do eleitor e das entidades representativas da sociedade. Qualquer deslize deve ser denunciado. E os culpados punidos.
Por Cícero Freitas, 54 anos, é jornalista profissional e pedagogo. Tem pós-graduação em Jornalismo e Assessoria de Imprensa.
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