Minha foto
Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

CLIQUE NO BANNER PARA LER O NOVO BLOG

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entidade internacional cobra rigor na investigação do assassinato de Décio Sá.


Por blog-do-decio

Overseas Press Club of America enviou uma carta à Presidência da República enfatizando a morte do jornalista.
O comitê de liberdade de imprensa da Overseas Press Club of America (OPC), de Nova Iorque (EUA), enviou uma carta à Presidência da República do Brasil, no dia 30 de abril deste ano, pedindo providências das autoridades brasileiras (e maranhenses) quanto à investigação de assassinatos de profissionais de imprensa no Brasil, com ênfase à morte do jornalista e blogueiro Décio Sá, do Sistema Mirante, em 23 de abril deste ano, num bar na Avenida Litorânea, Praia do Calhau, em São Luís.
A carta, assinada por Kevin McDermott e Larry Martz (do OPC), foi remetida também para a Redação de O Estado e vários agentes diplomáticos e de imprensa do país, como Maria Luiza Ribeira Viotti, representante permanente da República Federativa do Brasil nas Nações Unidas; Mauro Vieira, embaixador do Brasil nos EUA; Thomas Shannon, embaixador dos EUA no Brasil; Maria Otero, subsecretária de Estado para assuntos globais e de democracia, do Departamento de Estado dos EUA; Ascanio Seleme, diretor de redação do jornal O Globo, no Rio de Janeiro (RJ); e Roberto Gazzi, editor-executivo do jornal O Estado de São Paulo, em São Paulo (SP).

Contato – A repercussão internacional do assassinato de Décio Sá deu-se no dia seguinte ao crime. Carlos Lauría, coordenador do Committee to Protect Journalists (CPJ), com sede em Nova Iorque, por telefone, fez contato com O Estado para obter mais detalhes do caso. Na ocasião, boa parte dos profissionais estava no velório do jornalista.
Lauría, na ocasião, disse que o relato seria publicado no site do CPJ e enviado também para a Presidência da República do Brasil, bem como para outras entidades de defesa de jornalistas pelo mundo. Passados mais de dois meses do crime, foi a vez da OPC repercutir as informações divulgadas por Carlos Lauría.
Décio Sá foi repórter da editoria de Política, de O Estado por 17 anos e assinava, há cerca de 5 anos, um dos blogs mais lidos do Maranhão.

Crime – A investigação da morte do jornalista Décio Sá, de 42 anos, corre sob sigilo atualmente. A polícia, 38 dias depois do crime, divulgou finalmente o retrato falado do assassino. No decorrer desse intervalo, duas pessoas foram presas, suspeitas de participação no assassinato. Destas, apenas uma continua atrás das grades.
O jornalista foi morto na noite do dia 23 de abril, atingido por cinco tiros de pistola ponto 40, enquanto aguardava amigos no bar/restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia do Calhau. O crime chocou a imprensa maranhense, além de autoridades do setor político e empresarial. Na ocasião, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, avaliou o assassinato como um crime de pistolagem.
“Tudo indica que estamos diante de um crime de encomenda. Décio Sá era um jornalista bastante polêmico, sempre munido de informações privilegiadas sobre pessoas poderosas, principalmente ligadas à política. Certamente, a sua morte está relacionada a sua atividade profissional”, disse Mendes, ainda na cena do crime.
Passados quatro dias da morte de Décio Sá, a Secretaria de Segurança determinou sigilo das investigações, sob alegação de que a divulgação de informações atrapalharia o andamento do inquérito e poderia pôr em risco a vida dos envolvidos no crime, posto que a polícia os quer vivos e presos para enfrentar a Justiça.

Mais


Atualmente o serviço Disque Denúncia, da Secretaria de Segurança, oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura do assassino.
O valor é o maior já ofertado no país, igualando-se à época da caçada pelo traficante internacional de drogas, Fernandinho Beira-Mar; e superior ao oferecido no caso do assassinato do também jornalista Tim Lopes, que chegou aos R$ 20 mil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário