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Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

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domingo, 11 de dezembro de 2011

ENTREVISTA COM DR. JOSÉ CARLOS REIS.

Dr. José Carlos, bacabalense, pai de 05 filhos, atleta com os amigos aos sábados, médico oftalmologista pós-graduado, um expoente na área, com atuação desde 1983 em Bacabal e região, foi professor da UEMA em Bacabal, candidato a vários cargos políticos, embora sem o êxito esperado, dentre outros: duas vezes a prefeito, uma a dep. federal (sendo o mais votado na cidade), 3º suplente de senador (sen. Vila Nova), graduou-se na UFMA e fez residência no hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Atualmente é membro titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Mais conhecido como Dr Zé Carlos ele atende de segunda a sábado em seu próprio consultório, um dos mais modernos do país e referência em todo o estado, foi de lá que c concedeu a entrevista ao O Mearim, onde alfinetou os sarneys, a administração bacabalense, o CESB e outros, acreditando serem todos de um jogo político só.  Confira:



JORNAL O MEARIM: Como o senhor analisa o cenário político bacabalense com os atuais pré-candidatos a prefeito que vai de Carlinhos Florêncio, Junior do SAAE, Zé Vieira, Cesar Brito, Nonato Chaves e Liduína, entre outros?

 Dr. ZÉ CARLOS: O cenário político de Bacabal estar confuso, muito confuso, a população tem que está de olhos bem abertos, no Maranhão tem sempre duas vertentes, os candidatos ligados ao grupo Sarney e alguns candidatos de oposição é bem interessante, que a população esteja atenta por que quando é no período das eleições eles procuram grupos políticos profissionais, trabalham com grupos presos que orientarão os caras a trabalharem e eles fazem tudo para polarizar, sempre polarizam 2 candidatos ligados ao Sarney e eles colocam mais um 3° dizendo ser oposição, de forma que o grupo Sarney está presente em todas as cidades do Maranhão, tem sempre 2 ou 3 candidatos e a população nunca abre os olhos pra isso e as vezes polariza 2 candidatos que passaram a vida inteira dizendo que estava brigado e a gente engole, e quando chega as épocas das eleições eles sozinhos na calada da noite se reúnem, ganham as eleições, e a população sempre engole, então queria chamar a atenção exatamente pra isso, eu sempre me postei no que é melhor para , eu nunca votei no grupo Sarney, na eleição passada eu votei no Lisboa, mais ele era 12, ele era Jackson, ele era oposição ao grupo Sarney e nós tínhamos ali uma oportunidade de uma renovação no Maranhão, por uma Bacabal que seria uma cidade mais hospitalizada, esse foi o motivo principal de termos apoiado o Lisboa e a ainda ter convencido nossos parceiros e nossos amigos acompanhar o grupo Lisboa.       



JM: O senhor tem sido vitorioso nas investidas de apoio político, como com Dr. Pádua e antes com Lisboa. Há um plano pessoal de investida?

Dr. ZÉ CARLOS: Olha eu sempre, sendo um bacabalense, nasci aqui, votei naquele candidato que eu acho que vai ser melhor para Bacabal dentre os que estão disputando as eleições. E já disputei as eleições aqui em Bacabal, em alguns momentos diziam que precisavam da 3° via e nós não conseguimos trazer essa 3° via porque apareceu a 4° a 5° via e ficamos mais confusos. O eleitor não gosta disso, de votar pra perder só quer votar pra ganhar, não importa se ele vai perder depois com a administração que ele vai eleger, de forma que eu votei, como disse, no Lisboa, porque ele era oposição e votei no Pádua porque ele era um parceiro de minha profissão. Sou oftalmologista e tive uma parceria lá em Imperatriz com Pádua. Ia operar com ele, e ele vinha aqui operar comigo, nós tínhamos uma parceria em tecnologia de cirurgia. Existia um projeto nosso ainda antes de qualquer candidatura um projeto nosso de trazer para Bacabal de 1.000 cirurgias de catarata e é o que Bacabal tem direito e nós trouxemos esse projeto através do Pádua, colocamos lá no computador da secretária e o secretario de saúde disse que só precisava dar entrada em São Luis, ele disse que deu a entrada e o prefeito disse que apoiava o projeto. Retiraram, não sei porque cargas d'água e Bacabal perdeu. Então nos juntamos eu e Pádua que um dos dois sairia candidato para ver se saia esse projeto e terminou Pádua saindo e eu recuei, e esse projeto está ai, mas que depende do aval da prefeitura daqui de Bacabal. Esse recurso não é da prefeitura esse recurso é do governo federal, as crianças das escolas têm direito a consulta de vista e o óculo é do governo federal, não é do governo municipal e não sei porque nós nunca fizemos esse projeto em Bacabal, as pessoas necessitadas estão perdendo, são 1.000 cirurgias por ano que a população tem direito e é de recurso federal não é de recurso municipal, a prefeitura e Pádua ia trazer uns três ônibus para fazer atendimento gratuito, inclusive atendemos um pedido de Lisboa que disse que queria um ônibus desses no seu povoado, que é a Vaca Morta.

JM: Que tem feito Dr. Pádua como parlamentar para honrar seu apoio?

Dr. ZÉ CARLOS: Eu me desliguei um pouco de Pádua, porque ele estar no PP um partido que também entrei a convite do Deputado Valdir Maranhão, e depois de forma deselegante e de acordo com uma declaração de um deputado eleito aqui em Bacabal em sua TV, o partido foi comprado e isso eu não sei, mas na verdade o partido foi tirado da gente e o compromisso de apoio mútuo não teve e o Pádua continuou lá no PP e ligado ao Grupo Sarney. Faz parte hoje da comissão de saúde e esteve aqui em Bacabal, conversou comigo e eu frisei para ele que a situação não estava legal aqui da saúde, com hospital fechado, de muita importância porque um atendimento materno infantil se faz necessário numa cidade deste porte e central como é.  Tem que ter um atendimento especializado as gestantes e crianças. Eu achei que ele deveria ser imparcial enquanto a isso, e não foi, não estar sendo, é aquela história que falei, não tem briga entre eles, mas apenas há uma montagem para que a população pense que tem briga, enquanto isso é orquestrado em São Luis, se reúnem lá e chegam aqui com um discurso, porém todos fazem parte de uma mesma mesa, de um grupo que eu não faço.



JM: Por que o senhor deixou de dá aula na UEMA/CESB?

Dr. ZÉ CARLOS: Quando eu fui convidado a dar aula na Uema eu fui para prestar um serviço a minha comunidade, quando eu até dizia que não sabia por que não tinha sido convidado a dar aula lá, pois tinha certeza que era o melhor curriculum, de forma que quando o professor de biologia teve que ir embora de Bacabal e ai me convidaram. Fui inclusive o mestre que compôs a banca para dar a nota de pós-graduação aos professores que davam aula lá junto com outros dois. Chegou uma comissão de educação do MEC em Bacabal para avaliar os cursos e eu fui entrevistado no programa do Osmar Noleto chamado Roda Viva e lá coloquei sobre pergunta deles sobre a Universidade que na época não era nem credenciada ainda, e eu disse de forma espontânea, sem nem uma preocupação, olha se não estar reconhecido nosso curso é por falta de vontade política, pois o senador que presidente do congresso é do Maranhão, de igual forma temos deputados federal e estadual  que é daqui de Bacabal, ai basta que um fale para o outro e ai o processo pode andar mais rápido. Mas eles não fazem isso porque não tem vontade política, foi só isso. E ai isso foi colocado no Roda Viva e quando eu cheguei uma hora para dar aula lá no CESB, tinha uma ordem que eu não podia mais dar aula, convoquei então uma entrevista com a imprensa e disse se eles pensaram que estaria me prejudicando, não estão, pois meu salário eu faço uma doação, e todos os alunos são conhecedores, para os eventos científicos que há aqui, nunca fiquei com um centavo deste salário, eu sou um professor que tenho um currículo para ser, mas tudo isso foi por conta da entrevista que eu dei. E eu não falei mal de ninguém, acredito que isso funcionou como deveria funcionar o processo de reconhecimento do curso, ouviram aqui e ligaram para um, para outro e assim deu no que deu. E assim tão me pagando um benefício, pois deixo meu trabalho no consultório para dar aula, onde para estas nunca faltei e agora posso me recolho ao meu consultório e Bacabal estar sendo prejudicado e mais uma vez a educação estar a serviço dos maus políticos, disse isso ao vivo. 



JM: O senhor é tido como um dos mais bem preparados profissionais na área de atuação na região e bem sucedido empresário. O que é decisivo para este sucesso pessoal?

Dr. ZÉ CARLOS: Dedicação. Tem-se que ser responsável pelo seu sucesso. Assumir uma profissão com honestidade, nunca faltei um dia no meu serviço por negligência, ou por irresponsabilidades do final de semana, trabalho de segunda a sábado, trato meus funcionários como se fosse meus parentes, família, faço investimentos, se olhar tenho aqui hoje uma clinica com equipamentos de última geração na área de oftalmologia, onde presto serviços como é feito em grandes centros urbanos. A chave do sucesso é acompanhar a tecnologia que cresce de forma geométrica e a gente não deve tentar crescer de forma aritimétrica, somando enquanto ela multiplica, assim não dar para acompanhar, só quem tem visão pode fazer diferente.  E finalmente tratar bem seu patrão que é seu cliente.



JM: Ver-se uma recentemente chegada de novas lojas de móveis de grandes redes brasileiras e fábricas, ainda a volta do ITAÚ, mas há também outros que fecham-se tão logo como Insinuante. Como analisa este cenário econômico bacabalense?

Dr. ZÉ CARLOS: Toda vez que tenho a oportunidade de responder esta pergunta tenho a mesma resposta, onde Bacabal nasceu para ser grande, é bem localizada entre 04 capitais (S. Luis, Teresina, Fortaleza e Belém). Estamos bem no centro do estado. Esta terra tema vocação de ser líder na região. E a 80 km do trem que vai para o porto. Sem falar no clima, aqui é a terra de Pero Vaz de Caminha, onde se plantando tudo dar. Agora o que falta são políticos dedicados, eficientes, visionários. Temos eleito muitos administradores sem esta visão. Essa imagem boa de Bacabal tem que ser vendida além fronteiras. Pena que os recursos não são investidos aqui, assim as empresas, as famílias não ficam aqui, por não ter saúde, educação... aquilo que deve ter numa cidade deste porte. Para garantir permanência ter que ter suporte para prosperar. Não se pode deixar Bacabal nas mãos de aventureiros, a política aqui tem sido tratada como negócio, te dou tanto, pega tanto. A preocupação não estar com a cidade, mas 



JM: Como o senhor se coloca hoje politicamente?

Dr. ZÉ CARLOS: Veja só, desde quando voltei a Bacabal me posicionei politicamente votando e pedindo voto para acreditamos. Hoje estou no PSB, o 40, e temos um bloco de partidos se colocando em oposição, são seis partidos entricherados como partidos de oposição aqui em Bacabal e no estado do Maranhão, pois precisamos pensar um pouquinho mais na frente, quando esta eleição de 2012 tem que ser focada na de 2014, eles fazem assim, todos são candidatos comprometidos com a de 2014. Estudante, as pessoas que querem Bacabal crescendo, tem que apostar em candidaturas independentes, novas, contra tudo que estar ai, Bacabal tem que ser passado a limpo. Temos que fazer uma auditoria nos últimos 20 anos, tem muita coisa errada ai. Para eu ser candidato, digo primeiro que posso. E para eu ser, preciso primeiro ter o apoio de minha família, depois do grupo político e partido que faço parte, e ainda a aceitação da população, se estiver pensando diferente, ai se tem mais de meio caminho andado. Então depois disso basta que Deus queira, sem ele, o criador, grande arquiteto do universo, de amor e de bondade. Contudo, meu nome estar a disposição da sociedade e do partido. Se não continuo prestando o meu serviço a minha comunidade, que não posso deixar de cumprir, mesmo porque é um pedido de minha mãe já no leito que não deixe. E assim dando minha contribuição no que for de minha alçada, preciso, mas fica meu nome ai para ser analisado, se decolar, quem sabe poderei disputar mais esta eleição, porém só serei se tiver chance, disputar por disputar não serei candidato.



JM: Há um desejo pessoal de ser prefeito desta cidade?

Dr. ZÉ CARLOS: Não é vaidade de ser prefeito, sou graças a Deus uma pessoa bem sucedida nos meus negócios, na minha família, meu convívio social. Em todos os seguimentos da sociedade bacabalense tenho minha parcela de contribuição. Tenho vontade de dar maior parcela de contribuição a minha cidade e se for por meio de uma administração, tenho certeza que em 04 anos posso fazer o que penso de fazer esta cidade ter progresso de mais de 40 anos e depois voltar a minha profissão, meu negócio, até porque não posso deixar a pedido de minha mãe. Não quero ser político profissional. Assim, nenhum outro político entraria para fazer pouco ou nada, pois o que estar em nossa cabeça é reflexo do que vimos e somos, conhecemos o mundo todo em nossas andanças. Aqui se eu poder deixar um legado a minha cidade, minha família, meus filhos, para ser bacabalense. Não sou aventureiro político, acho que todo prefeito tinha que ter uma profissão e viver dela. Se não teremos prefeito que coloca tudo no seu bolso e após mandato irá viver sem trabalhar e assim quem perde é Bacabal.



Matéria por: Dayane de Jesus
Do Jornal O Mearim.

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