Apesar de a denúncia ter sido feita pelo deputado Carlos Alberto Milhomem, é atribuída a Rogério Cafeteira a autoria da história do pagamento da propina de R$ 1,5 milhão feito por 16 empresários a um deputado em troca da aprovação do projeto de lei para liberação de áreas com babaçu para a construção civil.
Segundo Cafeteira, ele soube da história de pagamento de propina ainda em março, quando o projeto de lei ainda estava sendo apresentado na Assembleia. De acordo com o parlamentar, a história foi comentada entre diversos deputados. Após a aprovação, Cafeteira estava em uma festa de aniversário e um empresário do setor da construção civil teria comentado sobre a mesma história. Cerca de 40 dias depois do encontro na festa, o comentário teria sido feito novamente, segundo Rogério Cafeteira.
“Não somente eu sabia dessa história. Muitos deputados também já tinham ouvido falar. Não fiz a denúncia porque não queria ser leviano em sair acusando quem quer que seja do recebimento de propina. É uma acusação séria que não tenho como provar”, argumentou o parlamentar.
Mesmo afirmando que não tem como provar, Rogério Cafeteira garante que, caso seja chamado para falar a respeito do que foi dito, dirá o que foi comentado, mas que não tem como provar.
“Caso a Corregedoria da Casa ou uma investigação de uma CPI me convoquem para falar sobre o que me foi dito, falarei sobre o assunto, mas faço a ressalva de que não tenho como provar a história”, reafirmou Cafeteira.
Sobre assinar o requerimento de Bira do Pindaré para criar a CPI, Cafeteira disse que, antes de decidir se coloca ou não o nome na CPI, irá ouvir o que os empresários têm a dizer e o que o deputado acusado de receber a propina também falará.
“Agora não é hora de questionar quem ouviu ou não a história da propina ou por que não denunciou. Agora é hora de investigar a denúncia que já foi feita.
A Corregedoria vai investigar e, se não for suficiente, abre-se uma CPI. Sobre assinar a CPI, eu irei ouvir as partes envolvidas para depois decidir se coloco o meu nome em uma CPI ou não”, declarou o deputado.
Mais
Em nota, o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil do Estado do Maranhão (Sinduscon), João Alberto Mota Filho, negou que empresários do setor tenham dado propina para um deputado apresentar e aprovar o projeto de lei.
O Estado do Maranhão.
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