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Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

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segunda-feira, 12 de março de 2012

Manifestantes celebram renúncia e já miram 'tentáculos' de Teixeira

Grupo prometeu não se contentar apenas com a renúncia de Ricardo Teixeira


O site da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), grupo que promoveu uma série de manifestações contra Ricardo Teixeira a partir de dezembro de 2010, já celebra a renúncia do dirigente à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. “Quem será o próximo a cair?”, questionam os manifestantes em uma publicação de “adeus”.

Em conversa por telefone, João Hermínio Marques, pós-graduando em Direito Esportivo e presidente da FNT, listou os possíveis novos alvos. “Vencemos uma primeira batalha com muito custo, mesmo com outros fatores colaborando para isso. Queremos agora que o Ricardo Teixeira seja julgado e que pague pelos crimes que eventualmente tenha cometido. Mais do que isso, estamos preocupados com as quedas dos tentáculos dele, como a de seus parentes, de José Maria Marin, Ronaldo, Rodrigo Paiva...”, avisou, empolgado.

Um dos “tentáculos” que incomoda João Hermínio Marques é Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, alçado a diretor de seleções da CBF por Ricardo Teixeira. “Não me atenho ao Corinthians, que tem uma história centenária e gloriosa, mas a esse ex-presidente. Por ser uma pessoa muito esperta, digamos assim, aproveitou o momento de dissolução do Clube dos 13 e virou uma liderança ao lado do Teixeira, que se apegou nele e no Ronaldo em meio à crise. Mas o Sanchez disse que o Teixeira só sairia quando prenderam o Zorro. Já prenderam. Falta pegar os outros mafiosos”, afirmou.

As trocas de comando na CBF, no COL e até no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não são as únicas metas da FNT. O grupo pretende que o Poder Público tenha mais representatividade nos órgãos através da criação de uma agência reguladora. “É como a Anatel, por exemplo, para as telecomunicações. O esporte é de interesse da população. A Copa do Mundo pertence à Fifa, mas não tem nada de privada. O governo gasta bilhões, que poderiam ser destinados a áreas carentes, para a realização do evento. Por isso, deveria ter o direito de indicar o presidente do COL. As coisas devem ser mais transparentes”, cobrou Marques.

Por enquanto, João Hermínio Marques e seus companheiros deixam de lado as críticas para comemorar a renúncia de Ricardo Teixeira. “O momento é de alegria. Depois, vamos nos reunir para ver que atitudes tomaremos contra quem ficou na CBF e no COL. As pessoas achavam que era impossível tirar o Teixeira. O povo brasileiro conseguiu, assim como havia feito com o presidente Fernando Collor em 1992. Nós podemos mais”, entusiasmou-se o manifestante.

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