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Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

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quinta-feira, 15 de março de 2012

Ponto de vista sobre a Lei da Palmada - Por Edleuda Sam*


LEI DA PALMADA.

Vira e mexe o governo Federal cria umas leis que são no mínimo, curiosas..Que bom que eles se mostram preocupados com a educação dos nossos filhos. Contudo, não acho certo essa intervenção deles na criação dos nossos filhos, observo que, a União trata a educação das famílias dispensados aos seus filhos, como se esta fosse um produto que pode ser monopolizado.. Ela está chamando para si o papel do pai e da mãe.

Palmada não é espancamento. Há crianças e crianças, o ser humano é único, cada um com suas diferenças de temperamentos.Há crianças, que você pode conversar, deixar por alguns minutos de castigo, de ficar sem seu brinquedo preferido e se conseguir um comportamento aceitável, mas, há aquela criança, teimosa, birrenta, que quer todas as sua vontades atendidas, que por mais que se converse, ela permanece inflexível, querendo fazer valer a sua vontade e nesses casos, duas ou três palmadas, não mata ninguém. Aplicar uma palmada numa criança não configura na minha opinião, uma violência. Violência é o que os nossos policiais praticam.

Será que o governo acredita que quando um policial se depara com uma criança infratora, ele a recebe com conversa e carinho? Não senhores deputados, ministros e demais políticos.Nossos policiais são truculentos, espancam e há bem pouco meses foi noticiado a morte de um menino de 15 anos por policiais e o governo nada fez.Um pai não pode dar palmadas, mas o policial pode fazer coisa bem pior com nossos filhos.

Por favor, preocupem-se com uma educação de qualidade para os mais desfavorecidos, com saúde digna para quem não pode pagar. Há tanto com que se preocupar. Não vejo governos interferir quando um policial açoita nossos filhos, quando um médico deixa morrer numa maca de hospital, uma criança, cujo pais não podem pagar por seu tratamento. Quando uma criança se torna infrator, os pais são os primeiros a serem apontados como responsáveis por tal desgraça. Nossas crianças precisam de ajuda sim, precisam ser defendidas de espancamentos, de estupros, de trabalhos forçados, de estarem fora da sala de aula, de ficarem sem atendimento médico.  Sou mãe e avó, amo minha família e por amá-los e não querer vê-los apanhando de policiais, já lhes dei palmadas. Palmada se dar com a mão do amor e dói mais em você do que na criança, nem marca fica porque se ficar, não é palmada.

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*Edleuda Sam - professora da rede estadual de ensino do Maranhão. Blog: Educar Não é  Assistencialismo.

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