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Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

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segunda-feira, 30 de julho de 2012

DESDOBRAMENTOS DE UM CRIME - O paradeiro da arma.


Assassino de Décio Sá teria feito acordo com delegados, diz jornal

por john cutrim.
O rumo tomado nas investigações que buscam elucidar o assassinato do jornalista Décio Sá, começa a dar sinais de descrédito devido às inúmeras contradições até agora não respondidas com clareza em relação ao que foi afirmado nos depoimentos prestados à polícia.
Logo de cara, uma das principais reviravoltas no caso, diz respeito ao destino dado a arma utilizada pelo assassino, já que em seu primeiro depoimento Jhonatan Sousa afirmou que teria sido jogada no mar quando viajava no ferry-boat de volta ao Pará.
A informação mentirosa do assassino, prestada no depoimento foi revista após matéria publicada pelo Jornal Itaqui-Bacanga na edição do dia 28 de junho, onde uma fonte que pediu para não ter sua identidade revelada e que teve acesso a pelo menos, dois dos investigados, revelou que Jhonatan teria dito: “Eu matei o jornalista foi com uma pistola antiga que eu tinha há muito tempo. Depois, ao subir o morro da Litorânea, eu enterrei [a arma] na areia e marquei o local. Dias depois voltei lá no local e não a encontrei mais onde eu tinha enterrado. Agora tão dizendo que a arma é desse capitão que está preso. Nada a ver. Tão armando tudo”.
Logo após a nova versão do paradeiro da arma ter sido divulgado pelo Jornal Itaqui-Bacanga, o pistoleiro Jhonatan mudou a versão de seu depoimento e diferentemente do que disse nos primeiros interrogatórios, voltou atrás e negou que tivesse jogado a arma na Baía de São Marcos, confessando que havia enterrado a pistola nas areias da duna por onde fugiu, depois de executar o jornalista.
Jhonatan contou também que pretendia voltar ao local onde tinha deixado a arma para buscá-la. No entanto, o pistoleiro afirmou ter ficado com medo de retornar e ser localizado pela polícia. De fato, a primeira versão de Jhonatan não se sustentava. Tanto que exatamente uma semana após a veiculação da matéria pelo Jornal Itaqui-Bacanga, uma equipe de policiais civis e peritos foi ao local indicado por Jhonatan; acompanhados pelo pistoleiro, que teria auxiliado nas buscas à pistola.
Segundo informações divulgadas na imprensa, Jhonatan teria apontado, de forma precisa, o local onde havia enterrado a arma – ao lado de um arbusto, no alto da duna usada por ele como rota de fuga.
Mais surpresas
Já na manhã da última quarta-feira (11), novos informações voltaram a mudar o rumo das investigações, já que foi amplamente divulgado pela imprensa que a arma que deu fim a vida do jornalista não seria de uso exclusivo da Polícia. Este novo dado pode descartar de vez a participação do ex-subcomandante do Batalhão de Choque da PM, Capitão Fábio Aurélio Saraiva Silva, como um dos envolvidos no caso, provando assim mais uma vez que as investigações não apontam para o rumo certo, ou pelo menos estão atravessadas.
Também foi divulgado que uma nova perícia na arma será realizada no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Somente após o resultado da perícia é que a Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão deverá se pronunciar sobre o caso.
Já quanto às balas usadas pelo pistoleiro, um laudo da Perícia Técnica teria confirmado que as cápsulas encontradas no local do crime seriam de quatro lotes diferentes, todos pertencentes às Polícias Civil e Militar do Maranhão.

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