Minha foto
Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

CLIQUE NO BANNER PARA LER O NOVO BLOG

sábado, 7 de julho de 2012

O ELEITOR IMBECIL E O ASSASSINATO DE GERAÇÕES.

Por Welington Resende.
Tal qual o analfabeto político retratado no brilhante texto do dramaturgo alemão Berthold Brecht, no Maranhão de hoje estamos diante de um novo-velho personagem: o eleitor imbecil.

E como se faz para reconhecer este tipo bem característico?

  Muito fácil, pois aqui por estas bandas as pessoas costumam ser cidadãs apenas no período eleitoral e, o que é pior: condicionam o exercício dessa cidadania à errônea "filosofia" tupiniquim de tirar vantagem de tudo.  Este eleitor, após anos à margem de políticas públicas, elaborou o seguinte raciocínio: vou aproveitar a eleição para extorquir os maus políticos.

E é por isso que surge o fenômeno da agiotagem em campanhas eleitorais. Pois os políticos precisam de muito dinheiro para alimentar os bolsos do eleitor imbecil. Isso porque o nosso personagem título sempre condiciona o seu voto a algum tipo de benesse do candidato. Quer seja uma dentadura, quer seja um emprego na prefeitura para um parente.

O estupro da Administração Pública se inicia com a eleição e  aqui também se inicia o assassinato de gerações. Na maioria das vezes, os políticos mal-intencionados se utilizam desta oportunidade para comprar o voto do eleitor imbecil e continuar a perpetuação histórica das elites que vemos nos grotões do nosso estado. São sempre as mesmas caras. E quando acontece alguma mudança, o poder é transferido para os filhos, esposas, sobrinhos ou até mesmo laranjas. Se o eleitor imbecil tivesse mais um pouco de senso, veria que não está vendendo apenas o seu voto. Com o seu gesto ele vende também a merenda escolar do seu filho, o medicamento que deveria estar à sua disposição no posto de saúde, o saneamento básico de sua comunidade, dentre outras políticas públicas que lhe serão tiradas por conta do seu gesto.

Na seara das Ciências Econômicas nos deparamos com a expressão "nada é de graça", ou "there is no free lunch", ou seja, não há jantar de graça. Uma hora ou outra a conta terá sempre que ser paga. Ô eleitor imbecil até quando vais contribuir para o assassinato de gerações?

Welliton Resende
Coordenador do Núcleo de Ação da Prevenção à Corrupção da CGU/MA
Ex-Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão
Movimento de Controle Social e Combate à Corrupção do MA
Blog http://blogdocontrolesocial.blogspot.com

2 comentários:

  1. PARABENS PELA REPORTAGEM MUITOOO BOOOAA ISSO DEVERIA SER IMPRESSO EM FOLHETOS E DESTRIBUIDO A ESSES IMBECIS

    ResponderExcluir
  2. DÉ DA PENSÃO DO FÁBIO30 de julho de 2012 às 10:43

    GOSTEI MUITO DESTA REPORTAGEM POIS AQUELE QUE VENDE SEU VOTO,NÃO VALE AQUILO QUE RECEBE,E DEPOIS DIZ QUE OS POLITICOS NÃO PRESTA E O QUE ESTAMOS FAZENDO PARA MELHORAR AS POLITICAS DO NOSSO PAÍS?

    ResponderExcluir