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Advogado militante no Estado do Maranhão, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Administração Pública pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Presidente da OAB/MA - subsecção de Bacabal (2004-2009). Conselheiro Estadual da OAB/MA (2010-2012).

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sábado, 15 de outubro de 2011

Amado para ler e assistir.



Capitães da areia foi publicado em 1937, adaptado para o cinema americano em 1971, para a TV brasileira em 1989, e voltou na sexta-feira (7) às telonas sob a direção de Cecília Amado – neta de Jorge Amado, o autor, que completaria 100 anos em 2012.

Cecília leu o livro aos 14 anos e se apaixonou pelo protagonista, líder de um grupo de meninos de rua que roubam para sobreviver. “Eu queria encontrar Pedro Bala na rua e casar com ele”, diz. Seu olhar sobre Pedro Bala, Professor, Sem-Pernas, Dora e seus amigos é otimista, quase romântico.

Quando lançado, no entanto, Capitães não foi visto com bons olhos. Era o início do Estado Novo e o governo de Getúlio Vargas mandou prender o autor e censurar sua obra. A história era engajada, contestava a maré de otimismo da época. E a esperança do fim do filme não lembra o fim trágico da maioria dos personagens.

A carga política do livro Capitães da areia é preterida por Cecília. A neta de Jorge Amado prefere lidar com a veia social da história – desde o roteiro à escolha do elenco de não-atores. Os meninos todos, e são muitos, vêm de organizações sociais de Salvador. Para isso, ela acompanhou o Projeto Axé durante três anos. “Não quero contar o universo político que está inserido no livro, mas o social, do Jorge mais humanista que eu conheci”, afirma a diretora, que conheceu o avô 50 anos depois do livro ser publicado.

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